quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

NINA-DIÁRIO DE VIAGEM

DE SÃO PAULO ATÉ SÃO GOTARDO-MG


Oi gente, que saudades de vocês!

Desculpa a demora em escrever, mas é que a viagem mexeu muito comigo. Estou enjoada até agora...
Bom, meus pais decidiram viajar, vocês lembram? Até ganhei uma capinha de chuva super linda e fofa pra usar e, como vocês bem leram naquele meu episódio do Natal, eu não sabia para onde íamos viajar.

Então depois de tudo pronto e arrumado, meus pais me colocaram no carro, no banco de trás e devidamente "acinturada" no banco, por meio de um cinto especial.(essa da foto não sou eu, lembra que eu sou filhote ainda?) Era isso ou um transportador de cães (uma caixa fechada com grades). Minha mãe não queria que eu passasse por isso, era muita judiação pra mim, então fui de cinto.

Seguimos viagem:


Muuuito verde.... tanto matinho pra brincar....

Só que aí, eu comecei a ficar enjoada. Não sei se porque comecei a tentar contar os cones que ficavamo do lado da minha janela, sei lá, o fato é que fiquei beeem enjoadinha e aprontei dentro do carro (ai que vergonha). Daí meu pai disse pra minha mãe "que a Nina é como vc, amor, enjoa sempre durante a viagem". Minha mãe começou a ficar meio amarelada também... Então, ela disse que pra não enjoar, ela olhava pra frente, em direção ao horizonte e foi isso que decidi fazer.



A estrada estava bem vazia, sossegada e comecei a me sentir melhorzinha, até que:


vi esse montão de água.... Já adivinhou que vontade me deu, né? Paramos o carro e eu fiz xixi. Mesmo eu sendo o que os humanos chamam de "cadela", eu gosto de fazer xixi molhando o pneu do carro, coisa que o papai não gosta.....(desculpa aê, papai. Foi mal.) (ihihihihi)

Daí minha mãe aproveitou que paramos e me deu água pra beber. Curioso isso, que por mais que a gente tenha vontade de fazer xixi, não tira a nossa vontade de beber água. Água entra, água sái....

Paramos em um tal de Museu de Paleontologia, que nada mais é que um museu de dinossauros. Todos parentes distantes da gente.


Mesmo tendo um monte de jardim e eu sendo bem educadinha, não foi permitido que eu transitasse por lá. Então meu pai me deixou dentro do carro(com a janela aberta), amarradinha pelo cinto e na sombrinha em frente à essa casa que fica bem de frente pro tal museu. Assim, eu ficava bem fresca, guardada, protegida e com o meu pai de olho em mim.

De longe, pude ver a foto que meu pai e a minha mãe tiraram e agradeci por não estar lá: eu iria morrer de vergonha pela pose que a minha mãe fez. Abafa!

Continuamos a viagem e mais pra frente, quando eu já estava quase pegando no sono, acordei com a minha mãe dando uma risada estrondosa e maléfica. Meu pai tb deu risada e claro, fui olhar o que era.


Pena que a foto cortou, mas estava escrito assim "PRAQUE DIRIJIR BEBENDO SE POSSO FUMAR VIAJANDO"

Tudo errado, né Pasquale? Dirigir com J foi grave... sem falar do "Pra quê" tudo junto e desviando do assunto que fumar viajando seria uma grande vantagem....

Ok, continuamos viajando: eu dormindo no banco de trás, ainda meio zonza de enjôo, minha mãe e meu pai cantando as músicas dos cds de anos 60 e 70, Rita Lee, Bossa Nova e pasme, até a trilha do Roque Santeiro eles ouviram. (Seja lá o que Roque Santeiro significa pq eu sou muito novinha pra saber.)

Quando acordei, encontrei essa casona:



Então soube que chegamos em Araxá e estávamos no Grande Hotel e Termas. Fomos andar, conhecer primeiro. Minha mãe e meu pai começaram pelas Termas:


O chão todo lisinho, lindo com esses desenhos esquisitos e quando olhei pra cima:


Que colooooridooooooooo!
Esses vidrões coloridos, os humanos chamam de vitrais e estes em específico, contam a história dos banhos que se tomam em Araxá, por causa da água que é especial. Por que ela é especial, ainda não entendi direito, porque pra mim, água boa é aquela bem limpa e fresca.

Fomos conhecer melhor onde iríamos pousar e andamos por lá


Esta é a vista da parte de trás do hotel onde íriamos ficar. Eu disse bem, iríamos, pq logo que a minha mãe perguntou pra o atendente do hotel onde os cães ficavam, ele disse que lá não havia abrigo pra animais. Humpf!!!!!!
Um hotel lindo daqueles e eu não ficaria?!!!
Ele sugeriu que meus pais fossem até à cidade e encontrassem um petshop pra eu dormir.
Tem noção? Eu dormindo longe do pai e da mãe???

Andando por lá, encontrei uns amiguinhos meus na parte de trás do restaurante (eu acho) e meu pai, só de brincadeira disse pra mãe que eles podiam me deixar ali com eles

Minha mãe arregalou os olhões dela e disse "vc tá louco??? Minha filhinha aqui misturada com esses pulguentos??? Vc quer que ela pegue carrapato e fique doente?" e papai só riu.....


Então uma senhora que trabalha lá escutou e disse que se meus pais aceitassem, ela ficaria comigo aquela noite e me entregaria bem cedinho pra eles. Ela tinha tido um cão que morreu há pouquinho tempo e que era bom pra ela matar as saudades.

Meio desconfida, meio comovida; minha mãe me "emprestou" pra moça. Com mil recomendações, claro (mãe só dá vergonha na gente, viu?) e foi uma delícia. A Francisca me tratou muito bem. Acordei com um priminho do João cantando:



Minha mãe então agradaceu a Francisca e recompensou-a da forma como ela achou e as duas ficaram amigas. Meu pai então me prendeu de novo no carro (pelo cinto) pra continuar a viajar. Pra evitar me enjoar, decidi então dormir, até porque tinha acordado bem cedinho.

Mas o carro começou a dar muito solavanco. Percebi que a estrada tinha mudado:

Nossa, quanta terra! Quanto buraco! Pensei que seria bem legal brincar de escavar. Será que a minha mãe iría me deixar sujar agora que estávamos viajando?

Daí meu pai disse: "Olha, chegamos em São Gotardo!!! Pelo jeito vai chover. Aêêê, Nina! Você vai poder usar seu presente de Natal!"


Fiquei maior feliz, porque é gostoso usar coisas novas e porque eu iria conhecer uma cidade nova.

Chegamos então onde iríamos pousar e soube que lá era uma chácara beeeeem graaaande. Tinha até vaquinhas. Isso porque eu as ouvi, minha mãe não deixou chegar lá.


Descemos do carro e os parentes foram dando beijos, abraços e todos os carinhos possíveis. Nessa hora, a bisa que é muito cuidadosa (e ciumenta) com o jardim dela, perguntou pro meu pai se ele já tinha conversado comigo.

Nessa hora, papai abaixou pra falar comigo e notei que ele tinha ficado bem sério


Me disse "Nina, é aqui que vc vai ficar agora". Nessa hora meu coração disparou. Pensei que meus pais não me queriam mais e decidiram me levar pra chácara da vovô, como é hábito das pessoas fazerem.
É verdade! Uma vez escutei isso em um petshop e soube que o cãozinho, não ía nem pra uma chácara com gente da família. Ía morar com estranhos.


Daí prestei bem atenção e papai continuou:

"Vc vai ficar aqui e vai se comportar direitinho enquanto a gente estiver. Está vendo esse jardim? É da bisa! Não pode fazer xixi ali! Não pode escavar! Não pode enterrar nada! Número 2 então, nem pensar!"

Fiquei tão aliviada que meus pais não íam me deixar lá, que prometi ser uma boa menina e seguir as ordens do papai. Foi difícil porque às vezes as borboletas fugiam de mim e corríam pra lá pro jardim onde eu não as podia pegar. Isso sem contar de um macaquinho que mordeu uma das mangas do jardim da bisa e fugiu pelo jardim. Eu só queria trocar uma idéia com ele. Perguntar como era a vida de um macaco.... Ele fugiu.... humpf!

Os dias foram de muito calor. Fiquei desmaiada dormindo o dia todo na sombrinha de árvores na casa da bisa. Ela por sua vez, era bem boazinha comigo: deixou eu comer bastante besteira tipo: pele de frango frita, pedaços de mamão e ossos não perigosos pra minha garganta. Ela ainda me deixou com as patas bem sujas de terra, porque lá eu podia brincar e me sujar à vontade.

Daí a prima teve a idéia de me levar pra tomar banho de rio com o papai e a mamãe:


No começo achei bem perigoso, porque eu não estou acostumada, mas quando eu senti aquela água limpinha, geladinha nas patas, não neguei a minha raça labradora e corri pra dentro da água. Foi uma delícia!!!

A gente, que é cachorro, não conta os dias como vocês humanos. Pra nós e especialmente pra mim que ainda sou criança, os dias são compriiiiiidos. Então nem sei dizer quantos dias ao certo passei na casa da bisa. Só sei que foi muito gostoso e fiquei triste com a despedida.

Mais triste ainda na saída, porque eu nem reparei quando cheguei, no tamanhão do pneu que eu tinha disponível pra fazer xixi:


Se eu soubesse que tinha esse pneu gigantão, eu teria até guardado mais xixi pra fazer com gosto.....

Na volta, a paisagem era a mesma, só que do outro lado da estrada. Vi esse rio:



E dormi o tempo todo. Senti enjôo dormindo, mas foi melhor que sentir enjôo acordada.

A propósito: não estreei minha capa de chuva, porque os dias foram todos ensolarados. Fica pra próxima!

Adorei viajar! E vocês? Gostaram do meu diário de viagens???
Lambidas à todos vocês, feliz 2008!

Nenhum comentário:

BEM VINDOS!!!

Esse blog é um diário de animais e pessoas! Alguns animais falarão do seu dia a dia, outros de experiências boas ou ruins.Ou seja, sinta como os animais vislumbram esse mundo louco e maravilhoso em que vivemos.
Aproveitem, divirtam-se e fiquem à vontade para comentários, sugestões e críticas.

Clique no nosso título e veja a postagem atual!