terça-feira, 4 de março de 2008

JOÃO--COMENTANDO UMA NOTÍCIA

Tem coisas que eu fico brabo pra caramba!

Uma delas é que os humanos pouco arcam com as responsabilidades. Nós, que somos pombos, estamos cansados de ver nossos parentes estatelados nos asfaltos e esmagados feito chiclê...Tá certo que os humanos fazem máquinas cada vez mais rápidas em compração com nossas asas e as nossas habilidades aéreas.

Mas hoje, lendo a notícia que uma pessoa atropelou uma cobra sucuri e foi embora.... é demais pra minha cabeça. Ainda mais porque a cobra estava grávida. Destaco aqui alguns trechos:

"(...)conta que a mãe seguia de carro durante a madrugada até ver algo deitado na pista. "Ela só viu que era um negócio preto e, sem tempo de frear, passou por cima e assustada não parou", conta o jovem. "A minha mãe pensou ser uma pessoa e veio embora até em casa", disse.(...)

Legal, então mesmo ela imaginando que fosse uma pessoa, o negócio é sair correndo, fugindo da cagadado problema? Ela já ouviu falar em "omissão de socorro"?
Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.

(...)"É muita coincidência, mas quando estávamos na pista vimos uma ambulância e pensamos que estava socorrendo a pessoa atropelada", diz o publicitário, que afirma ter ficado tenso com a situação.(...)

Pudera, né? Estranho seria você desconfiar que a sua mãe matou uma pessoa e não sentir nem um sentimento de ansiedade.

(...)Os filhotes foram expelidos do corpo da mãe e ficaram espalhados na pista. Alguns sobreviveram. "O pessoal jogou as cobrinhas num rio do lado e no meio do mato", diz o publicitário (filho da mulher que atropelou).
A funcionária pública contou aos funcionários da concessionária que havia atropelado a cobra, mas ela não sabe se foi a primeira pessoa que atingiu a sucuri. Apesar do risco, não houve acidentes no local. A concessionária retirou a cobra morta e limpou a pista.


Cara, ela atropela algo que na cabeça dela parecia ser uma pessoa e não era, não pára pra sequer chamar o resgate; qual é o senso dela saber se foi a primeira ou não? Acaso quando batem no carro dela e ele já está amassado por algum outro motivo, ela não coloca na conta pro cara que colidiu no carro dela pagar?

Aqui a notícia, pra você ler e ver se eu exagerei.

Humanos, alguns de vocês me enojam!
Sem arrulhos!

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