quinta-feira, 12 de março de 2009

NINA: DIÁRIO DE VIAGEM---SÃO ROQUE

Ueba! Que emoção é escrever aqui depois de tanto tempo e trazendo um assunto que tanto adoro: VIAGEM!

Esse fim de semana, meus pais resolveram esquecer um pouco da rotina, dos problemas e de tudo o mais e escolheram um destino pertinho de Sampa pra um "bate-e-volta".

O destino escolhido foi São Roque. Cidade conhecida por ser a terra do vinho e da alcachofra. Porém, nos últimos 10 anos, a cidade vem recebendo turistas jovens por conta do parque Ski Mountain Park que abriga duas pistas de ski, arvorismo, paintball e etc.

Mas meus pais resolveram ir além do óbvio e se enfiaram na cidade xeretando tudo. Sei que a minha mãe como não estava na direção, resolveu experimentar os vinhos e queijos em toda a vinícula que entravam.

Ela ficou bem descontraída......ahahahahahaha.

Mas, como de costume, resolveram ir a algum centro de apoio ao turista e encontraram alguns roteiros. Entre eles, um chamou a atenção dos meus pais, porque além de conter história, eu poderia ir junto.

E assim resolveram conhecer a Capela de Santo Antônio. No folder, meus pais leram que a capela pertenceu a Mario de Andrade e isso bastou para que a minha mãe insistisse muito pra irmos.

Chegamos lá e uma senhora foi a nossa guia. O nome dela, bem curioso: Circe. Minha mãe, não sei se por conta do vinho ou se pra fazer graça como é costume dela, disse "Mas a senhora não nos vais transformar em porquinhos, vai?" E a mulher, pacientemente disse que não.... mas se admirou de alguém saber a estória do nome dela.

Aqui o caminhozinho pra irmos pra tal capela:

Braço da Dona Circe.

A capela fica bem na beira de um riacho e a Dona Circe explicou que na verdade a capela pertence à casa grande construída em 1861 e que pertenceu a Fernão Paes de Barros. Ou seja, uma casa de bandeirante!

Aqui a vista da capela:


A torre:


Ah, pausa!

Do lado da capela e da casa grande, há uma goiabeira. Meus pais acharam graça com as frutas todas com buraquinho feita pelos passarinhos:

Passarinho não é bobo, né João!?

Assim que avistamos a casa grande, um cavalo veio nos receber:

"-Oi, seu sou o Ramiro! Que surpresa receber uma cadela aqui!"




Ele me contou que se chamava Ramiro e que por ser um animal bem sensitivo, jura ouvir ainda as conversas sobre incursões na mata, sobre os ataques dos índios à provisão de alimentos, sobre jangadas que trazem alimentos e armas e vê negros carregando pra dentro da casa tudo isso... Daí eu fiquei assim com medinho, né?

Eu, cadela que adora aventura, quando pûs meu focinho na porta, fiquei com medo de ver fantasmas, então fiquei do lado de fora enquanto meus pais íam ouvindo Dona Circe contar tudo.

Uma das entradas da casa, com madeira-canela de época, sem restauração.


Aliás, todas as portas e janelas são de encaixe e não usam nenhum prego. E estão lá, inteiras e funcionais.

Daí, depois de contar tudo sobre a casa grande, Dona Circe abriu as portas da capela de Santo Antônio que ainda está em restauração


Visão de costas pra o altar, olhando a saída da igreja.

Chão batido, treliça..... e dizer que foram consagradas muitas missas e casamentos aí.

Na saída, encontrei Georgette, uma cadela que ficou fazendo graça toda carentona pra os meus pais:

'-É só charme! Eu adoro viver aqui e não trocaria esse pedacinho lindo do mundo por nenhum outro lugar....."

Pena que Mario de Andrade não viveu o suficente pra ver a restauração que ele começou. Mas ainda bem que ele esteve vivo o suficiente para doar esse lugar, essas instalações para serem patrimônio histórico-cultural.

O pequeno bosque que circunda a casa grande e a capela é lindo. Cheio de borboletas azuis. (O que indica que lá o meio ambiente ainda se encontra bem intocado.)


Árvore reta e árvore torta:

O musgo no chão que brilhava verdinho e parecia um veludo.

As flores, exuberantes:


Saindo de lá, meus pais resolveram ir a outra vinícula comprar suco de uva integral e natural. E em uma das vinículas, fomos recebidos pelo gato Anselmo:



'-Oi, gente! Sou gato e adoro receber pessoas. E claro, adoro dormir em cima dos barris também! São tão fresquinhos!"

A vista da casa que abriga uma das maiores vendas de vinho:

Construção de época, também e bem conservada.

Aqui, uma pequena amostra do que é um parreral:

Cada uva dá um sabor diferente, seja pra suco, seja pra vinho.

E encerro esse diário de viagem, com um cantinho que eu adorei:



É, eu sei: todo o labrador adora água e eu não seria diferente, né?

Espero que vocês tenham gostado!

Lambidonas a todos!

Um comentário:

Ale disse...

saudades de vc.... tenho novidades no meu bloguxo.. a kira uma cachorrinha que adoei...bjks

BEM VINDOS!!!

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